a minha rua deserta
na poça
a luz da Lua
flutua
é tua
essa imensidão
que guardo
na fotografia
do momento
como guarda
a Lua o lume
que de mim
emana
hermana
Lara Félix

terça-feira, 28 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
TÉDIO
esqueço as datas
não sei onde estou
onde me deixo
em dias iguais
a cama feita
o cheiro do alho
coleção de papéis de carta
que não escrevo
por falta de notícia
Lara Félix
não sei onde estou
onde me deixo
em dias iguais
a cama feita
o cheiro do alho
coleção de papéis de carta
que não escrevo
por falta de notícia
Lara Félix
PRISMA
Ela está tão infeliz
Anda pelo corredor
De madrugada
Corta cebola
Lambe sabão
Come chocolate em pó
Vê Fellini na televisão
Pensa em cianureto
Pratica masturbação
Lara Félix
Anda pelo corredor
De madrugada
Corta cebola
Lambe sabão
Come chocolate em pó
Vê Fellini na televisão
Pensa em cianureto
Pratica masturbação
Lara Félix
SILÊNCIO
Olho pra dentro do
escuro
tenho medo
e olhos rasos
Ele repousa tranqüilo
mais distante
que os sonhos da infância
na cama onde não
sou feliz
Lara Félix
escuro
tenho medo
e olhos rasos
Ele repousa tranqüilo
mais distante
que os sonhos da infância
na cama onde não
sou feliz
Lara Félix
segunda-feira, 20 de abril de 2009
XV (CANCERIANA)
não tenho medo da vida
das suas guinadas e perdas
se trago alguma ferida
é das minhas próprias presas
não tenho medo de nada
emboscada e furacão
se alguma coisa me mata
é meu próprio coração
Lara Félix
2004
das suas guinadas e perdas
se trago alguma ferida
é das minhas próprias presas
não tenho medo de nada
emboscada e furacão
se alguma coisa me mata
é meu próprio coração
Lara Félix
2004
TARA
anda comigo
pela casa
a sombra do teu corpo
me prensa pelos cantos
me leva pelos cabelos
rasga todos os meus vestidos
se sacia
escrevo pelas paredes
os hieróglifos do meu desejo
decifro-o ou ele me devora
Lara Félix
2003
pela casa
a sombra do teu corpo
me prensa pelos cantos
me leva pelos cabelos
rasga todos os meus vestidos
se sacia
escrevo pelas paredes
os hieróglifos do meu desejo
decifro-o ou ele me devora
Lara Félix
2003
POEIRA
porque é preciso partir
continuamente
abandonar e encontrar
deixando
vez por outra
um rastro de poeira por detrás
porque desconheço
o que chamam saudade
porque não sei
no longo caminho
onde estará o coração
senão pela cisma de meus pés
Lara Félix
2004
continuamente
abandonar e encontrar
deixando
vez por outra
um rastro de poeira por detrás
porque desconheço
o que chamam saudade
porque não sei
no longo caminho
onde estará o coração
senão pela cisma de meus pés
Lara Félix
2004
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