quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

MORTE

caminha ao meu lado, mas sem pressa
de chegar, pois és o que me resta
a companheira certa no caminho incerto

e não te prives de tocar-me o ombro
a me lembrar e me causar assombro
com tua mão que está sempre por perto

impulsiona meus pés, mas devagar
pois é para ti que estou a caminhar
em meu caminho vasto e tão deserto

sem tua companhia aqui presente
a recordar que estás sempre iminente
já estaria eu morta sem sequer saber

é o teu sopro frio que me anima
embora tu me atraias feito ímã
rumar a ti é o que me faz viver

não quero apagar-te do meu pensamento
para andar mais viva a cada movimento
e enfim lançar-me em teus braços pra morrer

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